liberta-me

o crime é nosso, mas quem cumpre pena é ele

Com os olhos no horizonte, estou à espera.
Neste pequeno espaço… ao sol, à chuva, ao frio…
Assim passo os meus dias.
Espero por uma brincadeira.
Espero por um carinho.
Espero por um simples sorriso
que nunca chega.
Vejo os outros passar ao longe, alegres.
E eu aqui continuo, triste, sozinho,
condenado sem saber porquê.
A cada dia que passa, morro um bocadinho.
Com os olhos no horizonte, estou à espera…

É assim a vida de um cão acorrentado. Nenhum mal fizeram, mas vivem presos pelo pescoço uma vida inteira. Frustados na sua natureza, estes cães não vivem, limitam-se a existir. Não chega discordar deste abuso, é preciso condená-lo publicamente e amplamente. Dar voz a estes animais que sofrem na pele a ignorância e insensibilidade dos humanos é dever de todos. Está nas mãos de cada um de nós contribuir para que esta desumanidade passe de uma vez por todas à história.